As obras de reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ligação vital entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), entraram na reta final. Segundo balanço divulgado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o cronograma físico atingiu a marca de 80% de execução. A autarquia prevê que o trânsito no trecho da BR-226 seja totalmente liberado até o final de dezembro de 2025.
Em nota técnica, o DNIT detalhou que as formas de concreto já estão posicionadas, aguardando apenas a concretagem final. "Atualmente, faltam apenas duas aduelas convencionais e três aduelas de fechamento, que são essenciais para finalizar o projeto", informou o órgão. Estas peças possuem 4,5 metros de comprimento e estão situadas em ambas as extremidades da ponte (lados maranhense e tocantinense). Simultaneamente, equipes já realizam trabalhos de acabamento, como o tratamento do concreto e a instalação de guarda-corpos.
Segurança e Prevenção Diante do histórico da estrutura, a segurança é prioridade na nova fase. Leandro Moreira, engenheiro civil e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que, embora qualquer estrutura tenha riscos, o gerenciamento rigoroso mitiga falhas. Ele cita a norma NBR 9452, que rege a inspeção de pontes no Brasil: "Ela requer a manutenção preventiva e a inspeção desses dispositivos para que possa ser acompanhado o estado atual de cada uma das pontes brasileiras", ressalta o especialista.
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Impacto Econômico e Tragédia A Ponte JK, que possui 533 metros de extensão, servia ao corredor logístico da região desde a década de 1960. O colapso do vão central ocorreu em 22 de dezembro de 2024, resultando na morte de pelo menos 14 pessoas e gerando um gargalo logístico imediato.
O impacto econômico foi severo para o agronegócio e o comércio local. A Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócios de Estreito (Acisape) estima que mais de 2 mil carretas passavam pelo local diariamente. Bernardo Maciel, vice-presidente da associação à época do incidente, relatou o êxodo de empresas da região: "Tem empresa de implementos rodoviários que alugou galpão em Balsas para não demitir. Outras foram para Araguaína. Infelizmente, postos de combustíveis, que não podem se transferir, estão demitindo", afirmou.
Serviço: Confira as rotas alternativas
Enquanto a liberação não ocorre, os motoristas devem continuar utilizando os desvios estabelecidos para a travessia do Rio Tocantins. Confira as opções:
Sentido Belém/Brasília (via Imperatriz-MA): Seguir pela BR-010 > Entrar no km 249,6 > Ponte Dom Affonso Felippe Gregory > TO-126 até Sítio Novo (TO) > TO-201 para Axixá > TO-134 (passando por São Bento e Luzinópolis) até Darcinópolis > Acessar a BR-226 rumo a Brasília.
Sentido Brasília/Belém (via Darcinópolis-TO): Rota inversa pela TO-134 (Luzinópolis/São Bento) > Axixá > TO-201 até Sítio Novo > TO-126 para Imperatriz > Ponte Dom Affonso Felippe Gregory > Acessar BR-010 rumo a Belém.
Sentido Balsas (MA) para Brasília (DF): Seguir para Carolina (MA) > Balsa para Filadélfia (TO) > TO-222 até Araguaína > Acessar BR-153 rumo a Brasília.
Sentido Brasília (DF) para Balsas (MA): Seguir pela TO-222 até Filadélfia (TO) > Balsa para Carolina (MA) > BR-230 até Balsas.
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