
O influenciador digital Hytalo Santos e o marido, Euro, foram presos na manhã desta sexta-feira (15) em São Paulo com quatro celulares cada. A apreensão foi confirmada pelo delegado Fernando David, titular da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), durante coletiva de imprensa.
Segundo o delegado, o casal foi localizado por meio de trabalhos de inteligência, que identificaram um veículo estacionado em frente à residência na Rua Ferros, na capital paulista. No momento da abordagem, oito pessoas estavam no local — todas maiores de idade e sem passagens pela polícia.
Suspeita de fuga e próximos passos
Fernando David afirmou que há indícios de que Hytalo e o marido planejavam fugir. “A suspeita é que eles estavam sim tentando se evadir, já sabiam que seria expedido o mandado de prisão. O mandado foi emitido na madrugada de ontem, então parece que já tinham essa noção”, disse.
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O casal será submetido a exame de corpo de delito e audiência de custódia até sábado (16). Como a prisão é preventiva, eles devem ser encaminhados ao sistema prisional comum, e caberá à Justiça da Paraíba decidir sobre um possível recambiamento.
Apesar da suspeita de fuga, não houve resistência no momento da prisão. “Eles cooperaram e entregaram os celulares, que serão colocados em cadeia de custódia para análise pela Polícia Civil e pelo Gaeco da Paraíba”, afirmou o delegado.
O que dizem as investigações
Hytalo Santos é investigado por suposta exploração de menores e divulgação de conteúdos envolvendo adolescentes nas redes sociais. O caso ganhou repercussão nacional após denúncias feitas pelo influenciador Felca, que viralizaram e levaram o Ministério Público da Paraíba a solicitar medidas judiciais.
De acordo com as autoridades, todo o material apreendido — incluindo os oito celulares e o veículo — será analisado para identificar conversas, arquivos e provas que possam fortalecer a investigação.
O que diz a lei
No Brasil, a exploração sexual de menores é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode levar a penas de até 10 anos de prisão, além de multas e outras medidas restritivas. O ECA também prevê agravantes quando os crimes são cometidos com uso de tecnologia ou internet, o que pode aumentar a pena.
Especialistas em direito penal ressaltam que, além da esfera criminal, casos como este costumam gerar desdobramentos civis, incluindo indenizações por danos morais e medidas protetivas para as vítimas.
Fonte: Metrópoles
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