
O Ministério da Saúde iniciou, nesta quarta-feira (13/8), a distribuição de dois novos modelos de preservativos no Sistema Único de Saúde (SUS): camisinhas com textura e ultrafina. A medida busca tornar o uso do preservativo mais atrativo e aumentar a adesão, especialmente entre jovens, reforçando a prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gestações não planejadas.
Segundo a pasta, a iniciativa não altera a eficácia de proteção em relação ao modelo tradicional. “A diversificação da oferta visa estimular o uso contínuo e correto do preservativo, tornando-o mais atraente e atendendo às diferentes preferências da população”, afirmou o ministério, em comunicado.

Acesso gratuito e sem restrições
Os novos preservativos já estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sem necessidade de apresentação de documentos ou limite de quantidade. Até então, o SUS oferecia apenas dois tipos de camisinha: a externa (de látex) e a interna (de látex ou borracha nitrílica).
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A expectativa é que 400 milhões de unidades dos novos modelos sejam distribuídas até o fim de 2025.
Campanha nas redes sociais
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou vídeos nas redes sociais para promover a novidade. A pasta aposta na comunicação direta com jovens para tentar reverter a queda no uso do preservativo no país.
Baixa adesão preocupa especialistas
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, 59% dos brasileiros com 18 anos ou mais afirmaram não ter usado camisinha em nenhuma relação sexual nos 12 meses anteriores à entrevista. O índice é ainda mais preocupante entre adolescentes e jovens adultos.
Para a infectologista Dra. Mariana Coutinho, a iniciativa do governo é um passo importante, mas precisa vir acompanhada de campanhas de educação sexual:
“O preservativo continua sendo o método mais eficaz para prevenir ISTs como HIV, sífilis e gonorreia. Mas é fundamental que os jovens entendam sua importância e saibam usá-lo corretamente.”
ISTs em crescimento
Dados do Ministério da Saúde mostram aumento nos casos de sífilis e outras ISTs no Brasil nos últimos anos. As doenças podem ser causadas por bactérias, vírus ou outros microrganismos e são transmitidas, principalmente, em relações sexuais sem preservativo.
Além da prevenção de infecções, o uso regular da camisinha evita gestações não planejadas, reduzindo impactos sociais e de saúde pública.
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