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Conta de luz deve aumentar 21% no ano que vem

Na prática, essa alta deve chegar ao bolso do brasileiro três vezes maior que a registrada neste ano. Em 2021, o reajuste foi de 7,04%

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Imagem ilustrativa da notícia Conta de luz deve aumentar 21% no ano que vem camera Na prática, essa alta deve chegar ao bolso do brasileiro três vezes maior que a registrada neste ano | Reprodução Exame

A conta de luz passará por mais reajustes no ano que vem e pode ficar mais cara. A projeção do governo federal e do próprio setor elétrico, é superior a 20%. O rombo causado pela crise hídrica que atinge todo o país e as medidas que foram adotadas para garantir o abastecimento de energia, são os principais fatores apontados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) do impacto financeiro sobre a conta de energia, segundo o documento oficial emitido no dia 5.

A conta de luz deve sofrer novo aumento em 2022. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão é que o aumento médio seja de 21% no preço da conta.

“Nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%”, diz a Aneel, em documento interno publicado na última sexta-feira (5/11). A previsão foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Na prática, essa alta deve chegar ao bolso do brasileiro três vezes maior que a registrada neste ano. Em 2021, o reajuste foi de 7,04%.

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Segundo a agência, a alta está relacionada com a crise hídrica, de forma a cobrir os custos das usinas termelétrica. Em agosto, a Aneel criou a “bandeira de escassez hídrica”, com o valor de R$ 14,20/100 kWh.

O volume previsto para o ano que vem supera, e muito, os reajustes realizados neste ano. No mês de outubro, por exemplo, a diretoria da Aneel autorizou o aumento da conta de luz em até 16% para aproximadamente oito milhões de consumidores do Distrito Federal, Goiás e São Paulo.

O acionamento de usina térmica no País não é o único fator que explica o rombo financeiro no setor elétrico e que terá que ser pago pelo cidadão. Outra fatura estimada em mais de R$ 9 bilhões que será paga pelo consumidor tem origem nas contratações "simplificadas" de energia feitas pelo governo no mês passado.

Trata-se de uma "energia de reserva" que será entregue a partir de maio do ano que vem, para dar mais segurança e evitar o racionamento.

Os reajustes são puxados ainda pelo aumento de importação de energia, por meio de contratos firmados com Argentina e Uruguai. Como os reajustes de tarifas são feitos anualmente pela Aneel, após analisar os custos de cada distribuidora de energia no País, o percentual de aumento varia de Estado para Estado. (Jornal de Brasília e Estadão)

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