
A acusação de que o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, teria forçado um cartão amarelo para beneficiar apostadores, incluindo seu irmão, começa a ganhar novos rumos com a divulgação de conversas por meio de mensagens eletrônica de celulares.
A aposta no cartão amarelo de Bruno Henrique, no jogo Flamengo x Santos do Brasileirão 2023, foi assunto em um grupo de WhatsApp dois dias depois do jogo. A preocupação entre os membros do "ABC Bets" era sobre o fato de uma das plataformas já ter travado o pagamento e invalidado apostas no evento envolvendo o jogador rubro-negro.
Mas o que os interlocutores não duvidavam era sobre a certeza da informação inicial de que o cartão viria: "Irmão Juninho deu a letra". Segundo as investigações da Polícia Federal, era uma referência de um dos integrantes do grupo a Wander Nunes Pinto Junior, o Juninho, irmão do atacante.
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As conversas foram encontradas nos aparelhos celulares dos investigados pela suspeita de envolvimento em um esquema de apostas e manipulação de partidas.
"Dar a letra", na gíria, aponta para uma dica.
O autor da frase foi identificado como Wesley e não faz parte da lista de alvos de indiciamento da Polícia Federal.
Mas no ABC Bets estavam Andryl Sales Nascimento dos Reis e Claudinei Vitor Mosquete Bassan — estes, sim, investigados no caso de apostas.
Os detalhes apresentados pela PF no inquérito que tramita na Justiça do Distrito Federal dão conta de que Claudinei foi o ponto de contato com o irmão de Bruno Henrique para que se espalhasse a informação privilegiada sobre o cartão amarelo de Bruno Henrique contra o Santos.
Conversas entre Claudinei e Juninho foram encontradas pelos policiais. No dia do jogo, um certo alívio pelo amarelo tardio recebido pelo atacante do Flamengo, já nos acréscimos da partida no Mané Garrincha, em Brasília:
"Finalzinho, viado, tá e doido", disse Claudinei. "Barbada salvou", respondeu Juninho.
O movimento dos apostadores:

Quando foram feitas as apostas?

"A letra" recebida pelo núcleo de apostadores motivou o movimento em plataformas desde a véspera do jogo.
KTO - Aposta: R$ 375 / Retorno: R$ 1.125 Rafaela Bassan (mulher de Claudinei) GaleraBet - Aposta: R$ 380 / Retorno: R$ 1.178 Betano - Aposta: R$ 380 / Retorno: R$ 1.178 Henrique Mosquete (irmão de Claudinei)
Betano - Aposta: R$ 380 / Retorno: R$ 1.178 KTO - Aposta: R$ 375 / Retorno: R$ 1.125
As contas suspeitas relatadas pela KTO (de Claudinei e Henrique) foram criadas no dia do Flamengo x Santos.
As quatro contas suspeitas relatadas pela GaleraBet (Ludymilla, Max, Andryl e Rafaela) foram criadas na véspera do jogo.
A Betano travou os pagamentos e cancelou as apostas.
As conversas fazem parte da investigação que resultou no pedido de indiciamento de Bruno Henrique e mais nove pessoas. Entre elas, o irmão do jogador, a ex-cunhada e uma prima.
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O Ministério Público vai se manifestar no caso para definir se a denúncia contra eles será formalizada e, então, tornará o grupo réu no processo criminal.
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