Marabá desembarca na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) com uma presença estratégica que funde a rica identidade cultural amazônica, a gastronomia local e um firme compromisso com a sustentabilidade. Entre os dias 17 e 21 de novembro, o município do sudeste paraense ocupará o Pavilhão Pará Municípios em Belém, com um estande que se propõe a ser uma vitrine do encontro entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental.
A participação marabaense é um esforço conjunto capitaneado pela Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), demonstrando que cultura e meio ambiente são pilares de sua estratégia climática.
🌎 Experiência Imersiva e Potencial Turístico
O estande de Marabá oferece uma experiência tecnológica para o público. Além de vídeos institucionais que exploram o potencial turístico, cultural e ecológico do município, a FCCM desenvolveu uma atração de realidade virtual (3D).
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Com óculos VR, os visitantes podem realizar um tour virtual por pontos icônicos, como:
- O Museu Francisco Coelho.
- O Parque Natural João Anselmo.
- A Terra Indígena Sororó.
- O espetáculo natural do pôr do sol na confluência dos rios Tocantins e Itacaiúnas.
“A Fundação leva à COP 30 a essência da nossa cidade, unindo cultura, meio ambiente e cidadania em experiências que mostram as belezas naturais e os projetos que fortalecem a identidade marabaense”, pontuou Thaís Cariello, presidente da FCCM.
🍽️ Sabores da Amazônia em Foco na “Cozinha Show”
A gastronomia marabaense ganha destaque com a presença de chefs locais na "Cozinha Show".
O chef Josué Richardson apresenta o prato Tucunaré Marabá, uma iguaria que celebra os ingredientes da região. A receita combina o peixe símbolo com farofa de jambu, castanha-do-pará e farinha de Bragança, finalizada com redução de tucupi e mel de abelha nativa.

“Nesse prato está tudo que é Marabá: nossas águas, nossa gente e nossa cultura. É um orgulho imenso, porque levo comigo o trabalho de todos os cozinheiros da cidade. Estamos mostrando ao mundo que a Amazônia tem sabor, técnica e identidade”, afirmou o chef Richardson.
Outra atração é Larissa Ribeiro, empresária e chef da marca URU Chocolates, que leva à COP 30 produtos artesanais que valorizam o cacau paraense e ingredientes amazônicos como cupuaçu, jambu, cumaru e castanha-do-pará.

“Cada sabor conta uma história do Pará e da Amazônia. A gente sempre quis mostrar que o interior também é protagonista. Estar ali, ao lado de tantas iniciativas globais, é ver Marabá e o Pará ocupando o espaço que merecem”, destacou Larissa.
🌳 Semma Apresenta o “Compromisso Verde Marabá”
No campo ambiental, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) detalha as ações do Compromisso Verde Marabá, uma estratégia que alinha o município aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O foco está em:
- Educação ambiental.
- Arborização urbana.
- Gestão sustentável dos recursos naturais.
O secretário Benedito Evandro Barros ressaltou que a participação na COP 30 reforça o papel de Marabá como cidade que concilia crescimento com responsabilidade. “Levamos projetos como o Parque Zoobotânico, o plano de arborização e o programa Gari dos Rios para mostrar que o desenvolvimento pode caminhar junto com a preservação. O marabaense é o centro das nossas ações, porque é ele quem vive e protege o território”, explicou Barros.
🗣️ Prefeito Defende a Inclusão Social na Transição Ecológica
O prefeito Toni Cunha, que já participa das discussões oficiais na “Blue Zone”, defendeu que a transição ecológica na Amazônia deve, obrigatoriamente, considerar a realidade social da população local.
“Nenhum instrumento de preservação ambiental pode ter sucesso sem contemplar as pessoas. É preciso garantir condições dignas, geração de renda e justiça social. Essa é a mensagem que Marabá leva à COP 30”, declarou o prefeito.

Ele reforçou a busca por parcerias e investimentos em energia limpa, citando o projeto Ilumina Marabá (com lâmpadas de LED) e o plano de implantar ônibus elétricos. “Queremos transformar Marabá em um modelo de cidade amazônica moderna e responsável. Mas para isso, precisamos de apoio, subsídios e políticas públicas que tornem essas iniciativas acessíveis às cidades brasileiras. Isso que viemos destacar aqui”, finalizou.
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