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É CRIME!

Samu recebe cerca de 30 trotes diariamente em Marabá

Saiba em quais casos você deve acionar o serviço

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Imagem ilustrativa da notícia Samu recebe cerca de 30 trotes diariamente em Marabá camera Em Marabá, a média de ocorrências atendidas pelo Samu é de 763 por mês | Sara Lopes

O trote pode parecer uma brincadeira leve e descontraída para algumas pessoas, mas pode custar a vida de um ser humano. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chega a receber em média 29,6 trotes por dia, o que prejudica o trabalho dos atendentes, que em vez de atender uma real necessidade, acabam perdendo o tempo em linha com uma falsa ligação de urgência.

Passar trotes ao Samu é um crime previsto no artigo 266 do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de um a seis meses de detenção.

“Nos últimos 12 meses tivemos uma média de 4.574 chamadas por mês, dessas 890 eram trotes. São quase 900 pessoas que podem ter sido prejudicadas por precisar ligar e ter a linha ocupada ou não ter ambulância por que elas estavam atendendo uma ocorrência falsa”, comenta Walternice Vieira, coordenadora do SAMU.

A Central Regional de Regulação das Urgências na Região de Carajás (CRRU) foi criada em 2013. A Central é responsável pelo atendimento do Samu em 17 municípios da região, somando mais de 930 mil pessoas cobertas pelo serviço 24 horas por dia. Só na cidade de Marabá a média de ocorrências atendidas é de 763 por mês.

O atendimento começa quando a pessoa liga para o número 192. Quem atende é um Técnico Auxiliar de Regulação Médica (TARM). Este é o primeiro profissional a ter contato com o solicitante e além de procurar as informações para agilizar o atendimento, ainda acaba tendo que se preocupar em identificar se a ligação se trata de um trote.

“É muito complicado porque como é um serviço de urgência, o tempo é muito crucial. Como já temos certa experiência, muitas vezes a gente consegue identificar se si trata de uma chamada falsa e consegue agilizar. Quando alguém passa trote acaba atrapalhando a ligação de outra pessoa que precise de atendimento. São 20 a 30 trotes por dia. Fim de semana aumenta a frequência” comenta Ludimiro Silva.

A Central é responsável pelo atendimento do Samu em 17 municípios da região
📷 A Central é responsável pelo atendimento do Samu em 17 municípios da região |Sara Lopes

RESPONDA AS PERGUNTAS ADEQUADAMENTE

A coordenadora Walternice Vieira destaca também que após essa triagem, a ligação será passada para o um médico regulador que fará outras perguntas para averiguar o local e que é importante que o solicitante tenha paciência e responda as perguntas adequadamente.

“Uma triagem mal feita pode fazer com que desloquemos equipes desnecessariamente a um local”, destaca Walternice. A equipe do SAMU conta 24h por dia com dois médicos reguladores e intervencionistas responsáveis por decidir quais equipes serão enviadas.

Pedro Henrique Fornaciari é um deles e destaca que a partir do momento que a ligação é transferida para ele, cada pergunta já é um atendimento médico.

“Toda vez que recebemos ligação, o serviço é atendido pelos técnicos que passam a ligação pra gente com endereço e outras coisas. Após vir para cá, toda pergunta que a gente faz já é um atendimento médico. Desde o local que ele se encontra, as condições, se está acordado, se for afogado, qual o local da cena, como se encontra. Às vezes falta paciência para responderem, o que dificulta a avaliação. É preciso entender que estamos vendo através dos olhos do solicitante”, destaca.

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QUANDO ACIONAR O SAMU?

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais do Samu estão aptos a atender as seguintes ocorrências:

•Problemas cardiorrespiratórios (parada cardíaca, parada respiratória, mal súbito);

•Intoxicação exógena e envenenamento (overdose por medicamentos, por drogas ilícitas, ingestão de líquidos tóxicos);

•Queimaduras graves;

•Falta de ar (pessoa não consegue falar uma frase completa, ou lábios e dedos roxos);

•Na ocorrência de maus-tratos (agressão com múltiplas fraturas, espancamentos, estupros com lesões);

•Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;

•Tentativas de suicídio em que houve dano à vida;

•Crises hipertensivas com sintomas cardíacos e ou de consciência e dores no peito de aparecimento súbito;

•Quando houver acidentes/traumas com vítimas;

•Afogamentos;

•Choque elétrico com vítimas;

•Acidentes com produtos perigosos (uso de produtos inflamáveis que ocasione queimaduras ou intoxicações);

•Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns);

•Agressão por arma de fogo ou arma branca;

•Soterramento com vítimas, desabamento com vítimas;

•Crises Convulsivas repetidas;

•Engasgos (obstrui de forma que a pessoa não consiga falar, fica cianótica – cor azulada);

•Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.

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